Estreia hoje a seção intitulada O Sossego de Pessoa, dedicada a apresentar, sob forma de antologia livre e aberta, escritos em que o poeta expressa a sua vertente mais luminosa, espiritual, feliz.
O primeiro texto a ser publicado é um poema ortónimo de 1932, muito conhecido e citado, que todavia não deixa de ser um exelente exemplo da produção pessoana em que se manifesta a vertente mais espiritual e sábia da escrita de Pessoa.
«A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.»
F. Pessoa